quinta-feira, 4 de julho de 2013

Arquivado projeto que permite gays receberem tratamento psicológico


Por votação simbólica, a Câmara Federal aprovou na noite desta terça-feira (2), em plenário, o arquivamento temporário do Projeto de Decreto Legislativo 234/11, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO) – apelidado pejorativamente de “cura gay” como estratégia para manchar a proposta perante a sociedade e distorcer sua essência. Até o PSC, partido do presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), deputado Marco Feliciano (SP), encaminhou pela retirada da matéria da pauta de votações.


O próprio autor do projeto, deputado João Campos, protocolou pedido para retirada da proposta, porém regimentalmente, já que foi aprovado na CDH, o plenário tinha de dar aval para a retirada de pauta. A proposta derrubava trechos de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que impede profissionais de tratarem homossexuais.

Para justificar seu pedido de retirada, João Campos afirmou que o projeto não faz parte da pauta das ruas. “Retirei porque o meu partido divulgou uma nota contra, e eu não vou ser contra o meu partido. Não estou retirando por causa de pressão das ruas porque ele (o projeto) não estava na pauta dos manifestantes. Pegaram o bonde andando. Também estou retirando porque não vou permitir que esse projeto mude o foco do que o povo quer, que é saúde, educação e que os condenados no mensalão sejam presos”, disse.

O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) encaminhou a posição de seu partido no momento da votação. O PSOL não queria que o projeto saísse da pauta. A proposta era de que o mérito do projeto fosse votado, para ser derrubado e arquivado definitivamente.

Pelas redes sociais
O deputado e pastor Marco Feliciano, presidente da CDH da Câmara dos Deputados afirmou que, mesmo com o arquivamento do projeto, a matéria pode voltar à votação na Casa. “O PDC (Projeto de Decreto Legislativo) não foi ARQUIVADO mas RETIRADO, e pode voltar. E voltará na próxima legislatura quando teremos um número maior de deputados evangélicos. Essa perseguição de parte da mídia e dos ativistas nos FORTALECEU e nosso povo acordou. Nos aguarde em 2015! Viremos com força dobrada”, escreveu em seu perfil no Twitter.

Feliciano ainda afirmou ser positiva a retirada do projeto de tramitação, pois isso evita que a aprovação do mesmo possa ser usada para afirmar que a bancada evangélica tentou tirar o foco de projetos criados em resposta às manifestações recentes em todo o país.


“Queriam fazer um circo aqui no plenário, o PSOL e ativistas estão tristonhos agora. Não haverá festa! Não seremos usados para desviar a atenção das precárias situações do país! Sempre soubemos que perderíamos nas comissões por sermos poucos. Mas em 2015 aguarde a Frente Evangélica! Seremos muitos! E agora sabemos quem é quem! Parabéns a todos! Marcamos posição!”, escreveu.

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