Conhecida como a
“psicóloga cristã”, Marisa Lobo publicou nesta quarta-feira um artigo acerca do
tema mais comentado da semana: aborto. De acordo com ela, o STF (Supremo
Tribunal Federal) faz uma leitura incompleta sobre o caso em questão, não
levando em consideração alguns pontos vitais para a definição da pauta sobre a
legalização do aborto de anencéfalos. Leia
o artigo:
O efeito do aborto
voluntário da gravidez provoca na mulher “dores emocionais ignoradas” pelos que
querem promover o aborto como um direito.
Aborto pode ser um mal
emocional muito maior do que concluir a gestação, ainda que difícil. A questão
não envolve apenas religião, moral e sim saúde mental, tão importante para o
desenvolvimento saudável dessa mulher e de sua família.
Imediatamente a concepção
da mulher desenvolve psicologicamente vínculo afetivo mãe-filho. Esse vínculo
também é desenvolvido nas mulheres que projetam abortar. “Uma mulher, frente à
escolha de fazer ou não o aborto, vive sentimentos ambivalentes, angustiantes,
a mulher fica vulnerável a transtornos psicológicos, a dores emocionais tão
profundas que podem levá-la a escolhas erradas como, por exemplo, uso de
substância psicoativa (drogas), lícitas e ou ilícitas, como forma de aliviar
suas dores emocionais.
O fato de uma adolescente
– uma mulher que não tenha desejado ou programado uma gravidez – ficar tão
vulnerável, pode contribuir para que seja influenciada por pessoas a sua volta
e tomar a decisão de aborto não como desejo em si, mas como fim mágico de
resolução de problemas, pela influência que pessoas a sua volta podem ter neste
momento.
Quantos namorados,
amigos, parentes e até mesmo médicos, e ou psicólogos, de alguma forma
influenciam nessa decisão? Saibam que podem estar contribuindo para um grande
“mal psicológico” para essa mãe.
Especialistas concordam
que imediatamente, depois do aborto, a mulher possa experimentar uma redução
dos níveis de ansiedade, pois decai o elemento ansiógeno constituído por uma
gravidez indesejada, mas sucessivamente, “muitíssimas mulheres vivem uma
ansiedade maior, apresentando transtorno de estresse pós-traumático, depressão
e maior risco de suicídio e abuso de substâncias”.
A mulher que aborta
voluntariamente pode ter esses sofrimentos psíquicos desenvolvidos muito tempo
depois do aborto, e podem durar anos ou até mesmo a vida toda.
O trauma se dá, pois a
mulher quando descobre que está grávida, considera esta criança não como
embrião e sim como próprio filho, um ser indefeso dentro de seu ventre,
portanto segundo estudos, abortar seria para essa mulher o mesmo que matar
voluntariamente.
Uma porcentagem
considerável de mulheres que abortaram desenvolve o transtorno de estresse
pós-traumático, cujos sintomas são “lembranças desagradáveis, recorrentes e
intrusivas do aborto voluntário, que se manifestam em imagens, pensamentos ou
percepções, sonhos desagradáveis e recorrentes do sucesso, sensação de reviver
a experiência do aborto através de ilusões, alucinações e episódios
dissociativos nos quais através do ‘flashback’, ressurge a lembrança, mal-estar
psicológico intenso à exposição de fatores desencadeantes internos ou externos
que simbolizam ou se assemelham a algum aspecto do evento traumático, como o
contato com recém-nascidos, mulheres grávidas, voltar ao lugar onde se praticou
o aborto voluntário ou submeter-se a um exame ginecológico, evita
persistentemente todo estímulo que possa associar-se com o aborto”, enumeram os
especialistas do referido estudo.
Tenho ao longo dos meus
15 anos de profissão acompanhado casos de mulheres que fizeram aborto
voluntário em sua juventude e vida adulta, que hoje após muitos anos ainda
lembram com detalhes e sofrem com culpa expressada em seu rosto. Mulheres que
tem alucinações auditivas, em particulares, ouvem choro de crianças. Mulheres
que ao ver recém nascidos choram, que desenvolveram raiva de recém nascidos e
total rejeição é outro fator importante a se considerar.
Uma paciente teve
problemas sexuais em relação ao marido por mais de 25 anos, por conta de um
aborto influenciado por ele, que na época ainda era seu namorado.
Quando o aborto é
involuntário, embora haja sofrimento, a mãe não conviverá com a dor da culpa,
pois esta, embora a mãe se sinta culpada por algum tempo, não é consciente e
não tem responsabilidade da mãe.
Quanto ao aborto de
anencéfalo, muitas mães podem desenvolver uma dor e culpa ainda maior, pois
sentem que estão rejeitando uma criança por causa de seu defeito. De qualquer
forma um aborto é traumático, e pode ser responsável por dores e transtornos
psíquicos irreversíveis. Não podemos esquecer que este ser, esta criança, tem
um pai, pode ter um irmão, enfim, uma família, e não podemos achar que somente
a mulher terá problemas emocionais com esta interrupção voluntária.
Marisa Lobo – Psicóloga Clínica- Do
Verdade Gospel
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Acesse, comente, compartilhe