A Lei de Acesso à Informação foi criada em 2011 para
dar mais transparência aos órgãos públicos. Pela lei, qualquer cidadão pode
pedir informações e dados às repartições, como gastos e salários de
funcionários, sem precisar explicar o porquê da solicitação. A TV Mirante
resolveu fazer um teste para saber se ela está sendo cumprida no Maranhão e o resultado foi revelador.
Os repórteres Alex Barbosa, Elson Paiva e Teresa Dias
foram até seis órgãos públicos (Prefeitura de São Luís, Câmara Municipal, Governo do
Maranhão, Ministério Público do Estado, Tribunal de Justiça do Maranhão e
Assembleia Legislativa) com uma câmera escondida para saber se a lei está sendo
cumprida - a câmera oculta foi usada somente para que a equipe fosse tratada
como qualquer cidadão.
O pedido era simples: a lista de funcionários do
gabinete da presidência, com os cargos e os salários de cada um. No caso do
Governo do Estado e da Prefeitura, foi solicitada a lista de funcionários
comissionados da Casa Civil e da Secretaria de Governo, respectivamente.
A página do Ministério Público e do Tribunal de
Justiça já mantêm disponíveis todos os gastos com funcionários - os nomes,
cargos e os salários de cada um.
A lei determina que todas as informações de interesse
da sociedade sejam disponibilizadas pela internet e obriga ainda que as
informações solicitadas por qualquer cidadão sejam repassadas por escrito num
prazo máximo de 20 dias.
Passado o prazo, os repórteres voltaram a todas as
repartições públicas, mas somente o Ministério Público entregou a lista
de funcionários comissionados do gabinete da Procuradora-Geral (a chefe da instituição)
e os salários de cada um.
Já o Tribunal de Justiça só não avisou que as
informações completas estavam na internet - a lei diz que o órgão público deve
esclarecer isso ao cidadão.
Na Câmara Municipal, ninguém soube sequer onde foi o
parar o papel com o pedido das informações. E no Governo do Estado, nada de
resposta ao pedido. Uma funcionária disse que o papel ainda não havia nem sido
despachado.
Na Assembleia Legislativa, o mesmo funcionário de 20
dias antes pediu que a equipe fosse até a procuradoria do órgão para saber se
havia retorno. Lá, um outro funcionário disse que o responsável pelas
informações não estava na instituição.
Esclarecimento
Depois de terem sido identificados como repórteres, a Prefeitura declarou que as informações pedidas já estão disponíveis e disse que o prazo não foi cumprido por problemas internos.
Depois de terem sido identificados como repórteres, a Prefeitura declarou que as informações pedidas já estão disponíveis e disse que o prazo não foi cumprido por problemas internos.
A Casa Civil do Governo do Estado alegou que houve
problemas no setor de protocolo e que, por isso, não atendeu ao pedido. Até o
momento, ainda não repassou os nomes, cargos e salários dos funcionários.
O Tribunal de Justiça, que mantém todas as informações
disponíveis na internet, não esclareceu porque essa informação não foi repassada
pelos funcionários que atenderam a equipe de repórteres.
A Câmara informou apenas que os dados solicitados
estão no Diário Oficial do Município, mas a lei deixa claro que as informações
precisam estar disponíveis de um jeito prático para o cidadão.
Já a Assembleia Legislativa forneceu as informações
depois que soube se tratar de uma reportagem, mas não esclareceu o motivo do
não cumprimento da lei dentro do prazo previsto.
Do G1MA
Até hoje tô esperando saber qt o ver Leo gastou no carpete preto da camara...tu nunca perguntou????
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