quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Roseana e os sinais da renúncia



A governadora Roseana Sarney (PMDB) disse ontem (19) ainda não haver decidido se sai, ou não, do cargo para disputar em outubro deste ano a vaga no Senado a ser aberta com o fim do mandato do senador Epitácio Cafeteira (PTB).
Mas pelo menos três sinais fazem crer que a decisão está, sim, tomada e que ela é pela renúncia.
Sinal 1: “Eu vou definir no começo de março”, disse a peemedebista. Roseana tem até o dia 5 de abril para renunciar sem se tornar inelegível. Se a decisão ocorrerá no início de março, é sinal de que deixará o cargo e, ainda, tentará criar as condições para que Luis Fernando (PMDB), secretário de Infraestrutura, seja eleito pela via indireta.

Isso porque, saindo no começo do próximo mês, Roseana permite ao presidente da Assembleia, deputado Arnaldo Melo (PMDB), assumir o Governo por 30 dias, convocar a eleição, e depois retornar ao seu posto no Legislativo sem estar inelegível.
Sinal 2: A governadora tentou minimizar o fato, mas confirmou que já expediu a todos os secretários uma recomendação para que emitam cartas nas quais deixam os cargos à disposição – no caso dos secretários candidatos, a intenção é que façam em no máximo uma semana.

Esse movimento sugere que Roseana já “prepara o terreno” para que o seu sucessor tenha liberdade para montar a equipe que conduzirá o Executivo nos nove meses restantes do ano.
Sinal 3: Perguntada sobre a eleição indireta, Roseana falou abertamente sobre o assunto, com se já fosse – porque o é – fato consumado que haverá a escolha de um novo governador pelo Legislativo.

“Eu acredito que eles [deputados] vão se acertar por lá, como se acertaram na questão da emenda [ao projeto de lei que trata da eleição indireta] que eles colocaram. Se houver necessidade eu estarei mediando esse acordo”, disse.

(Blog Gilberto Léda)

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