segunda-feira, 19 de maio de 2014

Preso é encontrado morto na penitenciária de Pedrinhas


O preso Jean Araújo Pereira, de 19 anos, foi encontrado morto na cela 9 da Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) de Pedrinhas, em São Luís, na tarde deste domingo (18). De acordo com nota enviada pela Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), o corpo do detento foi encontrado durante vistoria, por agentes penitenciários.

Jean Araújo Pereira cumpria pena por homicídio. Técnicos do Instituto de Criminalística (Icrim) e do Instituto Médico Legal (IML) realizaram perícia e procedimentos para liberação do corpo. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios.

Com o registro da sétima morte no Complexo Penitenciário de Pedrinhas neste domingo (18), sobe para dez o número de presos mortos no sistema prisional maranhense em 2014. No dia 13 de abril, o detento identificado como Wesley Sousa Pereira foi encontrado morto no Presídio São Luís I, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.

O rapaz de 23 anos, que foi preso por tráfico de drogas, foi achado enforcado na bloco D, cela 14. Menos de 24 horas antes da morte de Wesley, o detento João Altair Oliveira Silva foi encontrado morto pelos monitores no corredor da Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) de Pedrinhas, com perfurações pelo corpo.

Outras mortes foram registradas no Centro de Ressocialização de Presos de Santa Inês, na Central de Custódia Preso de Justiça (CCPJ) do Anil e em uma cela do Presídio Jorge Vieira, no município de Timon.

De acordo com os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), já passa de 60 o número de detentos assassinados em Pedrinhas desde o início de 2013.

Fugas
No dia 15 deste mês, três presos conseguiram fugir da Penitenciária de Pedrinhas (PP), que faz parte do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, cavando um buraco na parede. De acordo com o secretário de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), Sebastião Uchoa, eles se aproveitaram da chuva forte e de uma queda de energia para fugir, por volta de 4h30.

Essa foi a quinta fuga registrada em Pedrinhas somente este ano. No total, 25 detentos já conseguiram escapar do complexo penitenciário. Antes dessa, aconteceu uma outra no início deste mês, no dia 7 de maio, quando cinco presos fugiram das celas 7 e 8 do Bloco A do Presídio São Luís I. Quatro foram recapturados horas depois por policiais civis, militares, Grupo Tático Aéreo (GTA) e Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Geop).

Motim
Detentos iniciaram um motim, no dia 11 de abril, na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Segundo informações da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão, os presos não gostaram de uma revista feita por homens da Força Nacional, do Batalhão de Choque da Polícia Militar e do Grupo Especial de Operações Prisionais do sistema penitenciário.

Diretor de Pedrinhas exonerado
Após a fuga de 10 detentos do Presídio São Luís II, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, o diretor da unidade, Valdir Dias, foi exonerado do cargo no dia 4 de abril. A informação foi confirmada pela Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap).

A fuga ocorreu na noite do dia 3 de abril, quando os detentos, aproveitando uma permissão para lavar o pátio de banho de sol, serraram a grade instalada no teto e fugiram com o uso de uma "tereza" (corda artesanal).

Crise no presídio
Após violentas rebeliões no final de 2013, integrantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado visitaram o Complexo Penitenciário no mês de janeiro. A presidente da comissão, senadora Ana Rita (PT-ES), apresentou no dia 14 de março um relatório da visita, que defendeu a realização de concursos para defensores públicos no estado a fim de atenuar um dos principais problemas constatados durante a diligência: a superlotação e o convívio de presos provisórios com detentos já condenados.

O déficit de vagas nas unidades prisionais e nas delegacias do Maranhão, segundo dados apresentados no relatório, é de 2.554 vagas; 70% dos funcionários que trabalham com os presos são terceirizados. Além da contratação de mais agentes, a comissão defendeu a realização de mutirões carcerários com auxílio de outros estados.

Para a presidente da comissão, o crime organizado no presídio está "fora do controle" do Estado. "Há presença de facções criminosas que têm o controle interno e que ultrapassam os muros dos presídio fazendo articulações, promovendo rebeliões e colocando em risco a vida da população", disse. "O Estado realmente precisa ter controle sobre isso. O presídio não pode ficar sob controle de grupos criminosos. O presídio tem que ficar sob controle do Estado", disse. (Do G1MA)


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