quinta-feira, 19 de março de 2015

Advogado de vereadores vai pedir acareação de major e promotora



O Dr. Mozart Baldez, advogado que faz a defesa dos vereadores Magno Nazar (PRP) e Agenor Brandão (PV) no processo que pede a cassação do mandato eletivo dos dois parlamentares, vai pedir junto ao tribunal regional eleitoral – TRE, acareação do major Roberto, ex-comandante da 7ª CI e da promotora de Justiça, Drª Elizabeth Albuquerque, que atuava na promotoria de Rosário no início do processo.

O processo vem se estendendo desde o ano de 2012, data em foram feitas investigações e até interceptações telefônicas dos parlamentares, julgadas irregulares pela defesa.


Ocorre que, diante de um mandado de segurança expedido pelo TRE, Dr. Mozart Baldez ganhou o direito de interrogar o major, a promotora e o delegado do departamento estadual de narcóticos - Denarc, todos integrantes da operação que resultou na investigação e na escuta telefônica dos parlamentares acusados de tráfico de drogas em Rosário. Todos já foram ouvidos em audiência. Este último, o delgado do Denarc, Cláudio Mendes, foi ouvido nesta quarta-feira (18), em São Luis.

Em depoimento, o delegado disse que havia realizado uma operação que resultou na prisão de várias pessoas, inclusive de um investigador da polícia civil por tráfico de drogas, e que, meses depois, a juíza, a promotora e o major começaram a receber ameaças por telefone. Segundo disse o delegado, o major e a promotora teriam informado que entre os traficantes preso havia ligações com dois vereadores: Um seria Magno Nazar e o outro não se lembrou. Aí começaram as escutas.

Cláudio disse ainda que mesmo tendo interceptado os telefones dos vereadores, não encontrou nenhuma ligação deles com o tráfico de drogas, mas apenas supostas compra de votos. A interceptação fora realizada por três meses no ano de 2012, data em que Magno e Brandão disputavam sua reeleição. Após ter ouvido conversas nas interceptações, o delegado disse ter enviado todo o conteúdo à juíza eleitoral da 18ª zona, para que encaminhasse ao ministério público pelos indícios de compra de votos nas escutas.

Claudio disse ainda que mesmo tendo recebido o informe de uma testemunha anônima, não abril inquérito policial, não chegou a colher depoimento da denunciante e nem ouviu as pessoas mencionadas na denúncia, muito menos o major Roberto. O delegado continuou dizendo que não se lembra se a testemunha e o major prestaram depoimento à promotora, e que teria entregue as escutas telefônicas à mesma juíza que teria deferido o pedido para as interceptações. Segundo ele, o que pesou contra os vereadores foi somente a suposta prática de crime eleitoral, mas reiterou que solicitou a interceptação telefônica para investigar envolvimento com o tráfico de drogas. Ele afirmou ainda que não procedeu com perícia na voz das pessoas interceptadas, e que, por isso, não pode afirmar se as vozes constadas nas escutas são mesmo dos vereadores.

O depoimento do delegado Cláudio Mendes foi muito esclarecedor e pode ajudar a enterrar o processo que tramita na justiça contra Brandão e Magno, é o que acredita o advogado Mozart.

Meses atrás a promotora e o próprio major foram ouvidos em audiência de colhimento de informações. Segundo o advogado que acompanha o caso, há duas versões no depoimento do major e da promotora, e que, por isso, está solicitando uma acareação para ouvir os dois frente a frente. (Ver vídeo).








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