Blog do Daniel
Matos
Atendendo
a pedido do consórcio Serveng/Aterpa, contratado para executar a duplicação do
trecho da BR-135 entre Estiva e Bacabeira, o Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT) autorizou mais um aditivo financeiro para
possibilitar a continuidade da obra e sua conclusão até o fim deste ano,
conforme previsto pelo órgão. Com o acréscimo nas cifras, o serviço, iniciado
em setembro de 2012, custará, provavelmente, o dobro do orçamento previsto na
licitação.
A duplicação dos 26,3 quilômetros da BR-135 entre a
localidade Estiva, na zona rural de São Luís, e o município de Bacabeira,
diante 53,6 quilômetros da capital, foi orçada, a princípio, em R$ 213 milhões.
Os recursos são oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),
lançado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e executado a
toque de caixa na gestão da sua sucessora, Dilma Rousseff.
Posteriormente, o valor foi atualizado para R$ 237
milhões e depois para R$ 394 milhões. Com ao aditivo autorizado pelo DNIT, que
segundo o próprio órgão será lavrado em um prazo máximo de 20 dias, o preço
final deverá chegar ao dobro do primeiro orçamento.
“Alguns serviços dependem da aprovação desse aditivo”,
justifica o órgão, que garantiu que esse será o último aditivo, mas preferiu
não revelar o valor do novo acréscimo, alegando que o processo tramita em
Brasília. O DNIT informou ainda que semana passada empenhou R$ 19 milhões para
a obra.
O DNIT explica que o último aditivo contemplará a
modificação dos viadutos no entroncamento da BR-135 com a BR-402 e o reforço do
pavimento do acostamento da pista velha nos 18 quilômetros do Campo de Perizes.
Necessidade
O aumento do preço da duplicação da BR-135 decorre, de
acordo com o DNIT, das condições do terreno onde está sendo executada a obra.
Por não ser consistente, o solo requer serviços de engenharia extras, como a
aplicação de colunas de brita – uma solução de engenharia de ponta, utilizada
pela primeira vez no Brasil em um trecho de grande extensão. São justamente essas
intervenções que encarecem a obra e a tornam mais lenta. Os dois últimos
períodos chuvosos também comprometeram o andamento dos trabalhos, segundo o
órgão viário.
Em nota encaminhada a O Estado, o consórcio
Serveng/Aterpa afirmou que não comenta detalhes dos seus contratos. Sobre a
informação de que parte da estrutura do canteiro de obras teria sido
desmobilizada, com retirada de várias máquinas e dispensa de novos operários,
ocasionando a paralisação dos serviços, o consórcio assegurou que “a duplicação
da BR-135, em Bacabeira (MA), não está paralisada. A obra segue em execução, de
acordo com o cronograma planejado para o momento”.
Segurança
A extensão da BR-135 que está sendo duplicada percorre
todo o Campo de Perizes, o trecho mais perigoso da rodovia, onde já foram
registrados incontáveis acidentes, com número expressivo de mortes e de feridos
graves. A intervenção visa justamente tornar o trecho mais seguro, além de pôr
fim aos congestionamentos que se formam em momentos de fluxo intenso de tráfego,
principalmente ao término de feriados,
SOBRE A DUPLICAÇÃO
Obra: duplicação da BR-135
no trecho entre Estiva e Bacabeira, totalizando 26,3 quilômetros
Responsabilidade: DNIT
Contratado: Consórcio
Serveng/Aterpa
Valor: inicialmente, R$ 213 milhões; depois;
R$ 237 milhões; em seguida, R$ 394 milhões. Com o novo aditivo, o preço final
deverá ser o dobro do valor inicial
Importância: o trecho duplicado é o único acesso por terra a São Luís
Serviços
executados na duplicação: implantação
de vias laterais, execução e recuperação das obras de arte especiais, além da
restauração com melhorias para a segurança da rodovia. Também serão construídas
duas pontes e um viaduto, além da recuperação de outro viaduto.
Desafio: transposição de 18 quilômetros de solo
mole no Campo de Perizes. Para isso, a empresa usará como solução a execução de
coluna de brita.
Mão-de-obra: cerca de 700 colaboradores estão
envolvidos na obra
Informações e vídeos podem ser
enviados ao Blog Bacabeira em Foco através do e-mail:bacabeiraemfoco@hotmail.com ou pelo
WhatSapp (98) 9965-0206
Queria muito que isso fosse novidade, aliás caro Blogueiro, me dê algum exemplo de obra do governo federal ou estadual que teve seu orçamento original.
ResponderExcluirÉ uma "indústria" ceifadora do dinheiro do contribuinte por má gestão e corrupção.
Verdadeira palhaçada, roubo e rombo todos fazem vista grossa.