sábado, 12 de setembro de 2015

Velhos tempos, belos dias...

Por Calvet Filho


Quero trazer à memória aquilo que me traz esperança. Com muita nostalgia que lembro dos dias que íamos à praça pedalar, jogar bola, empinar pipa, bater papo, paquerar, das noites que varávamos a madrugada jogando xadrez regados a hambúrguer, que na maioria das vezes comprávamos fiado na barraca da saudosa dona Eliene, das conversas até às "tantas" nas portas das casas, sem medo da violência e criminalidade.

Naqueles dias a pureza e inocência, além, é claro, do respeito e consideração, falavam mais alto que o ódio, inveja, rancor, vícios e muitas outras coisas fúteis que nos cercam na atualidade. Isso me preocupa. A geração de nossos filhos já não podem desfrutar das inocentes brincadeiras tradicionais que um dia fizemos parte e aprendemos a valorizar o que tínhamos e erámos felizes. Hoje vemos nossas crianças se divertindo com celulares, tablets, ipod, ipad... onde nem sequer foram apresentados a elas brincadeiras como, por exemplo, bola de gude, roda, pião, fura lata... Queremos formar jovens conscientes sem ao menos ensinar os valores que aprendemos. Delegamos a função de educar somente à escola e aos professores, esquecendo que a primeira educação vem da família.

Transformamos nossas crianças em adultos que não sentiram o mais doce e suave sabor da pureza de ser criança, e vivemos procurando culpados e porquês de tanta violência, de tanta falta de amor. Até Deus não pode mais entrar nos lares, escolas, hospitais, faculdades, reuniões, assembléias, câmaras, em detrimento de uma falsa justificativa de vivermos em um estado laico, esquecendo o democrático, onde não se pode privilegiar determinado grupo, o que acaba sendo contraditório, na medida que impõe e proíbe direitos garantidos pelo CF de se ter liberdade de pensamento, religião, expressão, direito à vida.

Esquecemos que as autoridades são compostas por pessoas que saíram do nosso meio, do seio da sociedade, esquecemos também que os políticos somos nós quem escolhemos e que fazendo a escolha errada, eles passarão quatro anos nos representando, ou, fazendo de conta. No final de tudo, percebemos que somos os maiores culpados quando aceitamos a omissão do estado, município e o pior a nossa própria. Continuarei divagando, mas sem perder a esperança, na saudade dos velhos tempos e dos belos dias.


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